quinta-feira, 31 de março de 2011

Dia 02 de abril: DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

MAIS INFORMAÇÃO, MENOS PRECONCEITO!



“... O autismo, embora possa ser visto como uma condição médica, também deve ser encarado como um modo de ser completo, uma forma de identidade profundamente diferente ...”
OLIVER SACKS

Conhecido cientificamente como DGD - Distúrbios Globais do Desenvolvimento – o autismo é uma síndrome caracterizada por alterações que se manifestam, sempre, na interação social, na comunicação e no comportamento.


Conheça mais detalhes sobre o autismo nos sites:






Convite: Nesse sábado vista-se de azul e participe!


Confira aqui mais detalhes dessa campanha.





O que é Bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. O bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

Caso Casey Heynes


Uma cena de bullying gravada em vídeo se espalhou rapidamente pela internet nos últimos dias e ganhou destaque na imprensa mundial. As imagens, registradas em uma escola australiana, mostram o momento em que Casey Heynes - aluno de 15 anos constantemente agredido pelos colegas - se rebela e parte para cima de um de seus agressores. Com o sucesso na rede, Heynes passou de vítima a herói. Alguns dias depois, os dois garotos eram entrevistados em programas de televisão, apresentando sua versão dos fatos.

Entrevista com Casey Heynes:

Entrevista com Richard Gale:

No calor da repercussão e na maneira superficial como o tema foi tratado pelas emissoras, perguntas fundamentais ficaram sem resposta. Qual o papel da escola na história? O que levou o garoto à reação extrema? Há, de fato, algum herói?

O papel da escola

É preciso que a escola tome providências não só para resolver os casos de bullying já diagnosticados, mas principalmente para evitar os novos. A questão deve ser vista como parte de um trabalho contínuo de construção de valores. É preciso trazer o tema para o cotidiano da escola e discutir as relações interpessoais. Questionar os estudantes sobre os critérios que adotam para valorizar ou desprezar um colega, por exemplo, é uma boa estratégia. Com isso, é possível levá-los a refletir sobre as consequências de humilhar alguém para ser aceito pelo grupo.
Colocações como essas devem fazer parte das conversas com os alunos antes mesmo de o bullying se manifestar. Além do diálogo dentro da escola, é importante estabelecer um bom canal de comunicação com os pais.

Como discutir o caso Casey Heynes com os alunos?

A história da escola australiana pode ser usada como ponto de partida para uma discussão em sala de aula. Mas, para tanto, é fundamental fugir do senso comum e levar a turma a refletir sobre como a situação chegou àquele ponto. Geralmente, a tendência das crianças é dizer apenas se o menino está certo ou errado e se concordam ou não com a atitude. Cabe ao professor ampliar a discussão e buscar relações com o dia a dia dos alunos.
Uma sugestão é começar a análise falando sobre a atitude de Heynes. Como em todas as histórias de bullying, a reação do garoto é o resultado de um processo de humilhação que começou anos antes. Em seu depoimento, ele conta que sofria agressões há mais de três anos e explica que todo o medo e a raiva que sentia o levaram a uma explosão de agressividade.
Mais do que pedir que a turma julgue o menino, vale discutir a importância de ele tomar uma atitude.
Além de analisar a reação de Heynes, é importante observar as atitudes de Richard Gale - o garoto que aparece nas imagens praticando as agressões -, dos colegas que assistem à cena e dão risada e do garoto que grava (e parece narrar) o vídeo. Mesmo sem participar, quem assiste à cena e quem usa os meios digitais para divulgá-la legitima a agressão e dá força para que ela aconteça.
Por fim, é necessário mostrar aos alunos a gravidade do problema e levá-los a pensar sobre as consequências de "brincadeiras" e humilhações que se repetem no dia a dia escola.

Texto baseado em reportagem da Revista Nova Escola.

Para saber mais:
Um Panorama Geral da Violência na Escola, Luciene Regina Paulino Tognetta e outros, 112 págs., Ed. Mercado de Letras, tel. (19) 3241-7514


Educação para a cidadania: o conhecimento como instrumento político de libertação



Roberto Carlos Simões Galvão*
A formação do ser humano começa na família. Ali, tem início um processo de humanização e libertação; é um caminho que busca fazer da criança um ser civilizado, e bem cedo a escola participa desse processo.

Com o conhecimento adquirido na escola, o aluno se prepara para a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.
Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.
O problema da grave concentração de renda no Brasil, a corrupção que permeia os órgãos governamentais, a ingerência política e o descaso histórico do governo brasileiro com os direitos fundamentais de seus cidadãos são problemas que somente se encerrarão com o aprimoramento da democracia, que se dará por meio do controle do poder pelo povo.
Segundo Lakatos (1999):
Democracia é a filosofia ou sistema social que sustenta que o indivíduo, apenas pela sua qualidade de pessoa humana, e sem consideração às qualidades, posição, status, raça, religião, ideologia ou patrimônio, deve participar dos assuntos da comunidade e exercer nela a direção que proporcionalmente lhe corresponde.
Infelizmente, no Brasil, a participação do povo no poder se limita a comparecer às urnas durante o processo eleitoral. A cultura de participação é o primeiro passo para se consolidar uma democracia capaz de garantir os direitos sociais de todos os cidadãos.
A formação de uma cultura democrática como a sonhada pelo educador Pedro Demo nasce do conhecimento enquanto instrumento político de libertação. Ela permitirá o desenvolvimento dos potenciais de cada aluno-cidadão no meio social em que vive.
Quem hoje poderá pensar a problemática social brasileira sem levar em conta o significado da escola nesse contexto?
De modo particular, a corrupção na administração pública vem sendo apontada como um dos mais graves problemas atuais no Brasil. A corrupção se encerra somente com o aprimoramento da democracia. Por isso, cada cidadão deve acompanhar de perto a ação de seus candidatos antes, durante e depois das eleições.
Considerando questões sociais como esta, Cecília Peruzzo adverte que:
Estes são apenas alguns dos indicativos da importância histórica da educação para a cidadania em sua contribuição para alterações no campo da cultura política, por meio da ampliação do espectro da participação política, não só em nível macro do poder político nacional, mas incrementando-a a partir do micro, da participação em nível local, das organizações populares, e contribuindo para o processo de democratização e ampliação da conquista de direitos de cidadania.

A idéia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania. A educação não pode preparar nada para a democracia a não ser que também seja democrática. Seria contraditório ensinar a democracia no meio de instituições de caráter autoritário.
Bóbbio (2002) afirma que “a democracia não se refere só à ordem do poder público do Estado, mas deve existir em todas as relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Começa na relação interindividual, passa pela família, a escola e culmina no Estado. Uma sociedade democrática é aquela que vai conseguindo democratizar todas as suas instituições e práticas”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
PERUZZO, Cecília M. K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis: Vozes, 1998.
*****

Acesso em 30/03/2011.

Um dos melhores comerciais do mundo.

Com muita sensibilidade e criatividade, o vídeo abaixo mostra o quanto é fundamental o olhar docente em relação a seus alunos. Muitas vezes o que parece ser uma coisa na verdade revela outra.

Preconceito racista ou como as crianças são educadas.

O vídeo abaixo nos revela o quanto nossa sociedade ainda é permeada por preconceitos infundados e ao mesmo tempo nos alerta para a mentalidade que estamos reproduzindo junto às nossas crianças.


quarta-feira, 30 de março de 2011

Sugestões para trabalhar com as crianças

Turma da Mônica e os azuis


 Mônica acorda certo dia e encontra toda a turminha azul, no início ela acha que se trata de um plano do Cebolinha, mas depois percebe que TODOS em sua volta estão azuis e começa a sofrer discriminação.
Vale a pena refletir com as crianças essa história do Maurício de Souza:





Menina bonita do laço de fita

Sugerimos o livro Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, para tratar com as crianças as questões das diferenças, valorizando a diversidade a partir da raça negra. Confira a história:



Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos dela pareciam duas azeitonas
pretas, daquelas bem brilhantes.
Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era
escura e lustrosa, que nem o pêlo da
pantera negra quando pula na chuva.
Ainda por cima, a mãe
gostava de fazer
trancinhas no cabelo dela
e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma
princesa das Terras da África, ou uma
fada do Reino do Luar.
Do lado da casa dela morava umcoelho branco, de orelha cor-de-rosa,
olhos vermelhos e focinho nervoso
sempre tremelicando. O
coelho achava
a
menina a pessoa mais linda que ele
tinha visto em toda a vida. E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma
filha
pretinha e linda que nem ela…
Por isso, um dia ele foi até a casa da
menina e perguntou:
-
Menina bonita do laço de fita, qual
é teu segredo pra ser tão
pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu caí na tinta
preta quando era pequenina..
O coelho saiu dali, procurou uma lata
de tinta preta e tornou banho nela.
Ficou bem negro, todo contente. Mas
aí veio uma chuva e lavou aquele pretume, ele ficou
branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina
e perguntou outra vez:
-
Menina bonita do laço de fita, qual é
teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito
café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café
que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada
preto.
Então ele voltou lá na casa da
menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de
fita, qual é teu segredo pra ser tão
pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita
jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba
até ficar pesadão, sem conseguir
sair do 1ugar. O máximo que
conseguiu foi fazer muito cocozinho
preto e redondo feito jabuticaba.
Mas não ficou nada preto.
Por isso, daí a alguns dias ele voltou lá na
casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual
é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e já ia inventando
outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela,
que era uma E,, mulata linda e risonha, resolveu se  meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha…
Aí o coelho - que era bobinho,
mas nem tanto - viu que a mãe da menina
devia estar mesmo dizendo a verdade, porque
a gente se parece sempre é com os pais, os tios,
os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e
linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito.
Logo encontrou uma coelhinha escura
como a noite, que achava aquele
coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram
uma ninhada de filhotes, que coelho
quando desanda a ter filhote não pára mais.
Tinha coelho pra todo gosto: branco,
bem branco, branco meio cinza,
branco malhado de preto, preto
malhado de branco e até uma coelha
bem pretinha. já se sabe, afilhada da
tal menina bonita que morava na casa
ao lado.
E quando a coelhinha saía, de laço
colorido no pescoço, sempre
encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é
teu segredo pra ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha
madrinha…

Não deixem de assistir o vídeo:

 


domingo, 27 de março de 2011

Mas afinal, o que é preconceito?


Falamos tanto sobre esse assunto, levamos a bandeira de um mundo melhor, lutamos por uma sociedade mais tolerante, que respeite suas diferenças, que esteja livre da discriminação e do preconceito. Mas, essa batalha ainda não está ganha.
O preconceito, infelizmente, está em nossa sociedade e não podemos desistir dessa luta.

DIGA NÃO AO PRECONCEITO!

Assista ao vídeo e conheça melhor o  inimigo dessa batalha:

sábado, 26 de março de 2011

Conheça o Programa Educação Inclusiva: direito á diversidade.



O programa foi desenvolvido pela Secretaria de Educação Especial (Seesp), e visa a formação continuada de gestores e educadores das redes estaduais e municipais de ensino para que sejam capazes de oferecer educação especial na perspectiva da educação inclusiva.

"O objetivo é que as redes atendam com qualidade e incluam nas classes comuns do ensino regular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação".

Conheça o Programa clicando aqui!

Aspectos legais

O que diz a Constituição Federal?

A nossa Constituição assegura que todos as pessoas tem direito a dignidade e a cidadania e trás como um dos seus objetivos fundamentais a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Expressa também, o direito a igualdade e trata do direito de TODOS a educação, no qual visa o "pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Garante ainda "igualdade de condições de acesso e permanência na escola".

Para saber mais clique aqui.

sábado, 12 de março de 2011

A escola como experiência para a diversidade

 
"Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza".
Boaventura de Souza Santos




A sociedade atual já não se encontra nos moldes antigos onde havia uma pequena vila em que todos eram semelhantes e tinham mais características em comum do que distintas. Atualmente a diversidade social é muito mais evidente do que a de tempos atrás. Dessa forma torna-se imprescindivel a efetivação em nossa sociedade de uma educação voltada para as questões da diversidade e para formação do cidadão. Contribuindo para o alcance desta educação surgiram documentos universais que reafirmam o compromisso de respeito ao diferente como por exemplo a Declaração de Salamanca.

Nos primeiros anos escolares as crianças se deparam com pessoas de hábitos muito diferentes dos seus, pode-se dizer que há certo estranhamento com outras identidades. Nesse período escolar é imprescindível que se proponham atividades lúdicas que levem os alunos a reconhecerem as diferenças e a partir deste reconhecimento deverão ser trabalhadas questões relacionadas aos valores, à tolerância e à cidadania ativa.